Quem foi Raymundo Nonato Galvão de Queiroz?
Há algumas semanas, publicamos um post sobre o Marechal Inocêncio Galvão de Queiroz. Hoje queremos falar sobre seu neto Raymundo Nonato Galvão de Queiroz.
Para que não nos percamos na árvore genealógica da família, é importante registrar que Inocêncio casou-se com Amália do Carmo Galvão de Queiroz, com quem teve dois filhos: Alexandre e Amália. Alexandre do Carmo Galvão de Queiroz, por sua vez, casou-se com a prima Maria Ana Vasconcelos de Queiroz (a tia Anita, irmã de Enéas, o pai da figura principal do nosso blog, Alexandre Muniz de Queiroz). Donos de uma fazenda em Cajaíba, distrito de Valença, o casal Alexandre e Maria Ana teve oito filhos: Felipe, Dário, Marcos, Raymundo, Luzia, Enéas, Inocêncio e Guilherme.
[Alexandre Queiroz, o “vô Xande” desta que vos escreve, era na juventude bastante próximo do “tio Xande”, o Alexandre do Carmo. Trocaram muitas cartas, das quais faremos o devido registro em momento oportuno.]
Raymundo Nonato Galvão de Queiroz nasceu em Maricoabo, distrito de Valença/BA, em 14 de novembro de 1920. Formado em Farmácia pela Faculdade de Farmácia e Odontologia do Rio de Janeiro, sempre teve atração especial pela botânica aplicada à farmácia, o que culminou na produção do livro “O mundo mágico das plantas”, ainda hoje à venda em grandes livrarias.
Trabalhou, seguindo os passos do avô Inocêncio, no exército, servindo como farmacêutico da organização no Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Bahia.
Foi também filatelista, colecionador e expositor nacional e internacional, e tem livros publicados sobre o assunto: Introdução ao estudo da filatelia (1980), O que é filatelia (1980), além de ter editado o Dicionário do Filatelista (1988), primeira obra do gênero na América Latina e na Língua Portuguesa, também à venda ainda hoje.
Como ativista filatélico fundou o Clube Filatélico do Distrito Federal e a Associação Filatélica e Numismática de Brasília (Numismática é a ciência que tem por objetivo o estudo sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico das cédulas, moedas e medalhas, e também o colecionismo desses itens. Fonte: Wikipedia). Criou e presidiu durante muitos anos a Sombra – Sociedade de Maximafilia Brasileira, hoje extinta (maximafilia = coleção de “máximos postais”, peças que se caracterizam pela união de um cartão-postal, um selo postal e um carimbo filatélico, todos com a mesma temática – fonte: Wikipedia). Sobre o tema, publicou, em 1994, o livro “Máximo postal – esse desconhecido”.
Raymundo Nonato trabalhou ainda na FUNAI, Polícia Militar do DF e Secretaria de Saúde do DF (antigo Hospital Distrital). Foi também fotógrafo, jornalista e comerciante.
Em 9 de novembro de 1939 conhece Luzia Marques, natural de Paranaíba, Mato Grosso do Sul, dois anos mais nova que ele. Parece que ela era secretária do jornal onde Raymundo trabalhava.
O casal morou em Campo Grande/MS, Ponta Grossa/PR, Piquete/SP, Salvador/BA, Niterói/RJ, Rio de Janeiro e Brasília/DF. Raymundo e Luzia tiveram três filhos, um falecido ainda criança – os outros dois, Arlete e Murilo, atualmente vivem em Brasília, e a este último se deve boa parte das informações contidas neste post, pelo que muito agradecemos!
Na foto em destaque (acima), o casal e a dedicatória escrita em livro que Raymundo deu a Luzia: “Indestrutível como estas muralhas será nosso amor. Galvão 26/2/42”.
Raymundo faleceu em 2006, deixando um legado – como se constatou – que não tem preço (quem de nós não aprendeu alguma coisa apenas com a leitura deste artigo?). Luzia vive ainda hoje; tem quase 95 anos de idade.
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